projeto de conclusão.
Saber ler em todas as áreas: um desafio no processo educacional
Projeto desenvolvido para conclusão do Programa
Gestar II formação continuada para professores do
Ensino Fundamental maior no nosso município.
Apresentação
Desde que nascemos, aprendemos a interpretar gestos, olhares, palavras e imagens. Esse processo é potencializado pela escola, por meio da leitura e da escrita, o que nos dar acesso a grande parte da cultura humana. Isso envolve todas as áreas, pois, mais do que reproduzir o som das palavras, trata-se de compreendê-las e quem sabe relacionar termos como paráfrase, latifúndio, colonialismo e transgênico aos seus significados faz uso de um letramento obtido em aulas de Língua Portuguesa, Geografia, Historia e Ciências, respectivamente.
É claro que essa questão que será amplamente discutida, merece uma reflexão profunda por parte da sociedade em geral, principalmente de pais, professores e professoras do ensino. Mas, queremos destacar alguns pontos, pois acreditamos merecerem atenção especial.
É necessário pensar nos profissionais do ensino que têm a tarefa de ensinar a ler e a gostar de ler. Para formar leitores, devemos ter paixão pela leitura, devemos entender a leitura como fonte de prazer e conhecimento. Está aí um desafio que nós professores, temos de encarar como sendo primordial e que deve ser motivo de luta por aqueles que, por razoes diversas, não tiveram a oportunidade de vencê-lo.
Portanto, a escola deve criar um círculo virtuoso, em que a leitura e a escrita melhorem e ajudam na aprendizagem de qualquer conteúdo.
Problemática
A cada ano, avaliações de diferentes fontes dão conta de que, no Brasil, a escola vem falhando na sua função de formar leitores. E fica evidente, pelo exame do cotidiano escolar, que as competências em leitura, compreensão e escrita estão se restringindo às áreas de línguas. Diante de tal é fundamental apenas nas aulas de Língua Portuguesa?
Em geral, o professor de qualquer disciplina apóia suas aulas em textos escritos (embora alguns sejam explicados oralmente), o que é facilitado ate mesmo pela indicação de um livro didático específico. Lições de Historias, Geografia, Biologia, Matemática etc., para citar apenas esses, são apresentadas em gênero expositivos, quase sempre, com imagens, quadros, gráficos, que precisam ser lidos, compreendidos, sumarizados, esquematizados, resumidos, em atividades que demandam refinadas estratégias de processamento dos sentidos. Um problema de matemática, a analise de uma explicação de Biologia, por exemplo, exigem o exercício de múltiplas interpretações, sem sucesso quando não se sabe mobilizar os diferentes tipos de conhecimento suscitados na atividade da leitura.
Não tem fundamento, pois, a concepção ingênua, meio generalizada na pratica, de que cabe apenas ao professor de língua a tarefa de cuidar da leitura e de outras habilidades comunicativas. Todo professor, de qualquer disciplina, é um leitor e, para sua atividade de ensino, depende, necessariamente, do convívio com textos os mais diversos. Contudo a leitura é, pois, dever de todas a escola.
OBJETIVO GERAL
Demonstra através deste que saber ler é uma habilidade necessária para aprender e, por isso, professores de todas as disciplinas devem ter como foco de seu trabalho desenvolver a competência leitora nos alunos em especial do ensino fundamental maior, que são o foco deste.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
* Ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada.
* Estimular o desejo de ler todos os tipos de textos.
* Expandir o conhecimento a respeito da própria leitura.
* Discutir situações didáticas de leitura em contexto de estudo.
* Refletir sobre estratégias que favorecem o domínio de algumas praticas de linguagens ligadas ao estudo.
* Envolver todas as disciplinas, despertando o ato de ler em todas as áreas do conhecimento.
Sugestões de Atividades
Apresentação do Projeto do Gestar II
Textos de reflexões
Explanação da fundamentação teórica do projeto
Dramatização teatral dos cursistas e das escolas visitadas
Soletrando
Jogos
Dinâmicas
Perguntas através de sorteios envolvendo todas as disciplinas
Caminhada com o carro móvel de leitura
Culminância do Projeto
Fundamentação Teórica
A leitura possibilita a aquisição da maior parte dos conhecimentos acumulados pela humanidade. Mas nem sempre as escolas trabalham bem a escrita e a leitura. A formação inicial precária de boa parte do corpo docente das escolas públicas, aliada à falta de investimento na formação continuada dos educadores, não permite efetivar um ensino de boa qualidade. Decorre daí que a leitura e a escrita deficientes têm-se constituído no resultado mais visível desse fracasso da escola. Ouvi-se muito dos docentes comentários de que os alunos não conseguem fazer algum exercício por não entenderem o enunciado. Nessas horas, em vez de torcer o pescoço em direção ao professor de Língua Portuguesa, pode-se aproveitar a chance de estimular os educadores das diferentes áreas a refletir sobre seu papel na formação de leitores. Se está claro que cada disciplina ganha quando a leitura é aperfeiçoada, também precisa ficar evidente que todos podem contribuir para que os estudantes entendam o que lêem.
O projeto do Programa Gestar II que tem como tema Ler em todas as áreas: um desafio no processo educacional, visa trabalhar com os alunos e professores estratégias para melhorar a compreensão de leitura pertinentes a algumas disciplinas, como os exemplos dados a seguir extraídos da edição especial NOVA ESCOLA ( Gestão escolar ano 1, nº 5, dezembro 2009/ janeiro 2010):
ARTE
Filmes, músicas e imagens precisam ser lidos por etapas. Os estudantes devem passar pela descrição da obra, depois pela análise do estilo e pelo conhecimento do autor para só então chegar à mensagem que o artista pretende transmitir, ou seja, à mensagem que o artista pretende transmitir, ou seja, à interpretação.
CIÊNCIAS
Para a comunidade científica, uma bula de remédio organizada por tópicos é um dos textos mais fáceis de entender, mas a maioria das pessoas não acha tão simples. Cabe ao professor de ciências ajudar os estudantes a explorar a precisão dos relatórios com conclusões de pesquisa, os textos instrucionais para fazer experiências e reportagens que abordem questões de saúde, alimentação, meio ambiente e tecnologia.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Os movimentos – a base de esportes, jogos, lutas e danças – expressam muitos significados da cultura em que estão inseridos. Para ensinar os alunos a lê-los e interpreta-los, o professor de Educação Física pode usar infográficos, vídeos e narrativas de atividades.
GEOGRAFIA
Além dos textos didáticos, é preciso, nessa disciplina, ler o espaço – composto de paisagens naturais e culturais em transformação. Há também croquis, mapas, fotos e imagens de satélites que servem de apoio desde que sejam compreendidos. O aluno precisa entender também títulos, legendas e escalas.
HISTÓRIA
Procurar a contextualização de época em um texto, imagem ou mapa exige uma habilidade específica de leitura. Em história, os alunos devem aprender a colocar fatos em ordem cronológica, comparar fotos e mapas antigos com representações atuais do mesmo espaço e buscar em textos literários e jornalísticos elementos que colaborem com a compreensão do passado – como a descrição de roupas, de costumes e do contexto social e político. O professor pode colaborar ainda com a aplicabilidade dos tempos verbais e o incentivo à construção de relatos pelos alunos.
LÍNGUA ESTRANEIRA
O uso de diferentes gêneros desde o início do aprendizado de um idioma tem mais sucesso do que o caminho tradicional de tradução e memorização de palavras. Mesmo sem entender cada vocábulo, é possível desenvolver a habilidade de entender o contexto geral e, aos poucos, propor objetivos específicos. Para tanto, o professor dispõe de esquemas elaborados com perguntas ou com uma linha do tempo.
LÍNGUA PORTUGUESA
O professor de Língua Portuguesa pode assumir a função de auxiliar os colegas, porém é sua função colocar as turmas em contato com gêneros menos abordados nas demais áreas, como poemas, crônicas e contos, e trabalhar para aumentar o vocabulário dos estudantes com a exploração de textos mais difíceis.
MATEMÁTICA
Os textos dos problemas matemáticos exigem a proficiência em leitura. Os alunos precisam entender a que se refere cada número para analisar como chegar à resposta. O professor da disciplina deve ajuda-los a fazer as perguntas certas e conseguir relacionar os dados. Uma alternativa é pedir aos alunos que, antes de fazer os cálculos, falem com as próprias palavras sobre os caminhos para encontrar as soluções.
Que Competências são esperadas pelo exercício da leitura?
Vale a pena perguntar-se por tanta ênfase na leitura Que razões haveria para tanto se defenda a relevância da leitura, sobretudo como foco da leitura – ou quais as funções da leitura? Que competências ela requer? Que competências ela desenvolve?
No âmbito do mais geral, poder ter acesso à leitura significa poder exercer o direito de acesso à palavra escrita – a qual, em sociedades pouco desenvolvidas, relembro, tem-se convertido privilégio de poucos.
A escrita é, sem duvida, uma das maiores construções da humanidade. Possibilitou-nos superar os limites da fala, que exige, de uma vez, a simultaneidade de tempo e a confluência de espaço para as pessoas envolvidas na sua realização. Graças á escrita, as pessoas puderam ter acesso ao que outros “disseram” em outros momentos e lugares, fossem esses momentos e lugares, temporal e geograficamente, distantes, Graças á escrita foi possível “registrar”, “deixar documentado” o que, de outra forma, seria apenas memória e tradição oral. Daí que “ela permeia hoje quase todas as praticas sociais dos povos em que penetrou” (marcuschi, 2001, p. 19).
Com o surgimento da escrita, portanto, estava desfeito um dos grandes limites á circulação universal das idéias, à divulgação dos feitos e das conquistas humanas.
Ora, a outra face da escrita é a leitura. Tudo o que é escrito se completa quando é lido por alguém. Escrever e ler são dois atos diferentes do mesmo drama (ou da mesma trama!). Alfabetiza-se, no sentido mais elementar do tremo, é adquirir a competência inicial para lidar com os sinais da escrita, uma tarefa da qual a escola, no decorrer d história, se tem encarregado. É desenvolver condições para o sujeito poder inserir-se no mundo dos eventos que envolvem o intercâmbio através da grafia .E, neste particular, entra o conceito atual de “letramento”, um conceito que ultrapassa a simples conquista das competências em decifração dos sinais da escrita. Em estado de letramento já se encontram as crianças que vêem, que ouvem ou que manuseiam diferentes suportes de escrita (livros, jornais, folhetos, anúncios, avisos etc.). Esse estado vai-se afirmando, vai-se ampliando, continuamente, de maneira que em estado de letramento, estamos nós todos, a vida inteira. Assim, entre escrita, leitura e escola se estabelece uma vinculação de interdependência tão forte que qualquer uma das três, necessariamente, leva ás outras.
Propor, portanto, que a leitura ocupe um lugar de destaque no currículo escolar, como instrumento de cidadania, constitui uma das mais legitimas pretensões. Mas, por quê? Ou seja: que Competências são esperadas pelo exercício da leitura?
A escola frente á concepção de leitura de forma ampliada no currículo.
Evidentemente, todas essas concepções têm implicações pedagógicas, quer na definição das prioridades, quer na seleção dos objetivos; quer na previsão dos conteúdos, das atividades; quer, até mesmo, no planejamento de diferentes situações de leitura.
A primeira implicação tem a ver com a certeza de que apenas a alfabetização é insuficiente. Como vimos insistindo, é preciso que o alfabetizado vá inserindo-se, sempre mais, no universo da comunicação escrita-o que se tem definido como letramento -, pelo contato com diferentes materiais e objetivos de leitura.
A convivência com a informação, escrita, com a exposição de idéias, com a literatura é a condição desse letramento, uma conquista gradativa, que se vai sedimentando a ponto de tornar-se parte constitutiva das atividades sociais do sujeito.
Não deveria parecer estranho nem perda de tempo que a escola destinasse grande parte de seus horários à leitura. A escola é lugar de leitura. Assim como a igreja é lugar de oração, e o estádio é lugar de jogo. O que deveria parecer muito estranho é que a escola não priorize a leitura e que não seja ela assumir a promoção do gosto pelos livros, pela informação escrita, pela produção literária. O que deveria parecer muito estranho, repito, é que a escola não seja a sede daquele letramento, o ambiente natural em que os alunos mergulham no mundo das linguagens escritas..
Mergulho que aconteceria como?
Pelo estímulo a uma cultura do livro.
Pela fartura de um bom e diversificado material de leitura.
Pelo acesso fácil e bem orientado a esse material.
Pela diversidade de objetivos de leitura.
Pela frequência de atividades de ler e de analisar materiais escritos.
Pela formação do gosto estético na convivência com a literatura.
EQUIPE DE TRABALHO:
. Secretaria Municipal de Educação
. Coordenadores Municipais
Formador de Língua Portuguesa do Gestar II
. Cursistas do Gestar II
Coordenadora Municipal do Gestar II
PÚBLICO ALVO
. Público alvo direto: Professores e alunos do ensino fundamental maior.
. Público alvo indireto: Gestores, segmentos da comunidade escolar (pais e a população de modo geral).
CUSTEIO PARA O PROJETO:
PRODUTO
QUANTIDADE
VALOR
AÇÃO
Blusas
25
300,00
. Usar no desenvolvimento do projeto
Carro de som
01
. percorrer ruas e povoados do município
Lanche
.
Carro de Leitura móvel
01
. Literatura em minha casa e demais livros a serem colocados no carro
Faixas
05
100,00
. Colocar nas escolas, no carro móvel e ruas
Livros de literatura e livros didáticos
O maior número possível
. Biblioteca móvel
Medalhas
50
100,00
. Premiar os alunos
Coquetel p/ culminância do projeto
.
Decoração
. A critério de cada escola
Pirulitos
5 pacotes
20,00
Para dinâmicas
AVALIAÇÃO
Oportunizar por meio de palestra e atividades lúdicas um espaço de aprendizagem que vê o educador e o educando como parceiros na construção do saber sistematizado, cabendo ao professor articular as diversas fontes de conhecimento, valorizando a prática interdisciplinar, uma vez que todos os seus aspectos são interdependentes e consequentemente, as diversas áreas se ligam umas às outras por vínculo de profunda afinidade. Mostrando, portanto que tudo está relacionado: causa, problemas e soluções estão totalmente interligados. Daí a importância do diálogo entre as diversas disciplinas na busca destas afinidades. Lançando assim, desafios aos alunos, exigindo deles, maior empenho e dedicação nas resoluções dos problemas levantados, não permitindo que o aluno perca o interesse e sim debruçar-se sobre eles a fim de entender o seu valor e articula-lo com outros saberes.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário